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Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul foi atingido por elevados volumes de precipitação em
praticamente todo o território gaúcho. Na quinta-feira (08/05), a baixa pressão formada nos dias
anteriores avançou para toda a metade sul do estado, ajudando a formar uma extensa banda de
nebulosidade, principalmente sobre a porção central e sul. Por conseguinte, houve registros de
precipitação forte nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha, Sul e Central. No Alegrete, o acumulado
diário de precipitação chegou a 86,3 milímetros. Na sexta-feira (09/05) e sábado (10/05), a atuação de
uma frente fria ainda manteve o tempo instável em todo estado. No dia 09/05, foram registrados
acumulados superiores a 200 milímetros nos municípios de Jaguari (211,6 milímetros) e Cachoeira do
Sul (225 milímetros). Ainda no dia 09/05, houve registro de rajadas de vento de 29,1 m/s
(aproximadamente 104km/h) no município de Planalto. Nos dias 11, 12, 13 e 14 de maio, com o
deslocamento desse sistema para leste e seu afastamento do território gaúcho, o tempo voltou a ficar
estável em grande parte do estado, com registros de chuva fraca a moderada apenas em pontos isolados.
Em relação às temperaturas, após a passagem do sistema frontal, a atuação de uma massa de ar frio
sobre o estado provocou uma acentuada queda de temperatura nos dias 11/05, 12/05 e 13/05. Já no
dia 14/05, as temperaturas voltaram a se elevar gradualmente.

Nos últimos sete dias, os volumes de chuva registrados no Rio Grande do Sul permaneceram
elevados, com acumulados diários superiores a 100 milímetros em diversas regiões, incluindo a Fronteira
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
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Oeste, Missões, Campanha, Sul, Litoral Sul, Central e Vale do Rio Pardo. O maior registro foi observado
no município de Cachoeira do Sul, que acumulou 225 milímetros de precipitação no dia 09/05.
A temperatura máxima registrada nos últimos sete dias ocorreu em Alpestre no dia 08/05
atingindo o valor de 32,2°C, enquanto a temperatura mínima registrada foi de 3,4°C em Getúlio Vargas
no dia 12/05.

DESTAQUES DA SEMANA

O predomínio de tempo seco acelerou a colheita de soja na primeira metade da semana, já que
os prognósticos apontavam chuvas para o final do período. A área colhida alcançou 98%. De forma
geral, as precipitações escassas em abril permitiram a colheita de materiais com alta desidratação, mas
houve perdas por debulha natural. Permanecem por colher 2%, correspondentes a áreas de replante,
várzeas com cultivares de ciclo tardio e talhões semeados no final de janeiro (alguns em safrinha),
maduros ou que atingirão a maturação nos próximos dias. A produtividade estadual de soja foi
reavaliada pela Emater-RS/Ascar para 1.957 kg/ha, representando redução de 38,43% nos 3.179 kg/ha
projetados antes do início do plantio. As médias alcançadas variam amplamente entre regiões: de 1.388
kg/ha na região administrativa de Bagé a 3.225 kg/ha na de Caxias do Sul, refletindo principalmente a
distribuição irregular das chuvas. Mesmo em regiões onde as precipitações foram semelhantes, outros
fatores interferiram nos resultados, como a época de semeadura, o manejo de solos e o nível de
investimento em insumos, que foram reduzidos em parte das lavouras devido às restrições financeiras de
recorrentes frustrações climáticas recentes com as culturas de verão e inverno. O tempo firme, após as
precipitações, deve viabilizar a continuidade da colheita e o encerramento da safra, tanto em áreas de
coxilha quanto em várzeas, dado o caráter moderado das chuvas nas regiões onde restam lavouras por
colher. No Oeste, as chuvas intensas causaram erosão laminar pontual, sem impacto expressivo no póscolheita.
A colheita de milho prosseguiu em ritmo lento, chegando a 94%. As chuvas comprometeram a
operação em parte do período, mas não causaram atrasos, uma vez que ainda se aguarda a finalização
do ciclo das lavouras estabelecidas tardiamente ou em safrinha. Restam 4% em maturação e 2% em
enchimento de grãos. As chuvas do período contribuíram para a reposição dos níveis de umidade no
solo e para a recomposição da turgescência e das condições fisiológicas nas plantas. Já o subsequente
tempo ensolarado, aliado à manutenção de temperaturas amenas, tem favorecido o desenvolvimento
dos cultivos. Algumas lavouras foram pontualmente afetadas por ventos fortes. Em razão dos danos,
essas áreas deverão ser destinadas a usos alternativos, como produção de silagem ou pastejo, a
depender do estágio de desenvolvimento e do grau de acamamento das plantas. A produtividade
estadual do milho foi reestimada pela Emater/RS-Ascar em 6.857 kg/ha, representando redução de 3,6%
em relação à estimativa inicial de 7.116 kg/ha, realizada antes do início do plantio.


A colheita do milho silagem avançou de forma mais lenta no período, devido à ocorrência de
chuvas, atingindo 96%. Do restante, 3% encontram-se em maturação fisiológica e 1% em enchimento de
grãos. As precipitações promoveram a recuperação da turgescência foliar e o aumento da umidade nas
espigas. Essa melhoria nas condições hídricas contribuiu para a concentração de matéria seca e para a
qualidade nutricional da forragem, que foram afetadas durante o período recente de déficit hídrico. A
produtividade média para a Safra 2024/2025 foi reavaliada pela Emater/RS-Ascar em 35.934 kg/ha,
representando redução de 6,52% nos 38.440 kg/ha estimados na ocasião do plantio.


A colheita de arroz avançou lentamente no período devido à paralisação temporária provocada
pelas chuvas entre 08 e 09/05. Estima-se que a área colhida se aproxima de 99%, mas os trabalhos já
foram concluídos em diversas localidades. Apesar de interferirem na operação, as precipitações intensas
e de volume significativo contribuíram para o início da recuperação dos níveis dos reservatórios utilizados
na irrigação da cultura. A área estimada para a Safra 2024/2025 é de 970.194 hectares, sendo 7,8%
superior a 900.203 hectares plantados na Safra 2023/2024 (IRGA). A produtividade foi revisada pela
Emater/RS-Ascar de 8.478 kg/ha para 8.558 kg/ha, significando elevação de 0,9% na projeção inicial.
A produção da safra atual está estimada em 8,30 milhões de toneladas, 15,3% superior a 7,20 milhões
de toneladas produzidos em 2023/2024 (IRGA).


A 1ª safra de feijão no Estado foi concluída. A reestimativa de produtividade realizada pela
Emater/RS-Ascar apontou 1.870 kg/ha, 4,7% superior aos 1.786 kg/ha projetados no início do plantio.
Para a 2ª Safra, a produtividade revista está em 1.316 kg/ha, 16,3% inferior à projetada inicialmente. A
colheita do segundo plantio evoluiu para 45%. Após quatro semanas de insuficiência de umidade, a
ocorrência de chuvas em 08 e 09/05 favoreceu as lavouras em fase de enchimento de grãos — estágio
crítico para a definição do peso final e importante componente de rendimento. No entanto, a limitação
hídrica ao longo da maior parte do ciclo, atenuada por apenas dois eventos de precipitação significativa
nas principais regiões produtoras, após a semeadura (em 27/03 e 08/04), comprometeu o
desenvolvimento vegetativo, diminuindo a estatura das plantas e o potencial produtivo nas áreas em
sequeiro


As condições climáticas do período limitaram o desenvolvimento das forrageiras, mas as
pastagens de inverno já atingiram a altura mínima para o início do pastejo. Os campos nativos
apresentam adequado acúmulo de biomassa, e foram beneficiados pelas chuvas do período. Porém, em
razão da queda das temperaturas e do fotoperíodo, a taxa de crescimento tende a se reduzir.
De modo geral, o rebanho bovino de corte mantém condição corporal estável mesmo mantidos
nos campos nativos e nas pastagens cultivadas. Porém, ainda há baixa oferta de massa verde. Para
otimizar o aproveitamento das forragens mais fibrosas, alguns produtores têm recorrido ao uso de sal
proteinado. Vacas prenhes estão sendo manejadas separadamente do rebanho principal, permanecendo
sob monitoramento constante durante a gestação. Em relação ao aspecto sanitário, destaca-se a
necessidade de intensificar o controle de ectoparasitas, especialmente carrapatos.


Na bovinocultura de leite, as chuvas recentes devem melhorar significativamente a produção de
leite, considerando a evolução no desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém já estabelecidas
em razão do restabelecimento da umidade no solo e da possibilidade de aplicação de fertilizantes. Além
disso, há expectativa de retomada da semeadura das pastagens de inverno, que estavam atrasadas
devido à estiagem.


O cenário da ovinocultura segue estável, sem grandes alterações. Os animais, em geral, mantêm
satisfatório estado corporal, resultado do longo período seco, que contribuiu significativamente para a
melhoria das condições sanitárias, especialmente para o controle de verminoses. Os rebanhos
apresentam condições adequadas, com melhora no conforto térmico em razão das chuvas e da redução
das temperaturas. No entanto, na Região do Planalto, houve aumento da suplementação alimentar,
especialmente para os animais que dependem de pastagens, em função do vazio forrageiro outonal.
PREVISÃO METEOROLÓGICA (15 A 18 DE MAIO)

A previsão para os próximos dias indica chuvas irregulares e de baixo volume em algumas áreas
do Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (15/05), quinta-feira (16/05) e sexta-feira (17/05), a atuação de
um sistema de alta pressão manterá o tempo estável em praticamente todo o estado e sem previsão de
chuvas significativas. No sábado (18/05), a formação de um cavado (prolongamento de um sistema de
baixa pressão) próximo à costa poderá provocar chuva fraca a moderada, em pontos isolados, nas
regiões da Fronteira Oeste, Campanha, Sul, Litoral Sul, Missões e Central. No entanto, na maior parte
do estado, o tempo seguirá firme, sem previsão de precipitações relevantes. As temperaturas
apresentarão um leve e gradual aumento entre os dias 15 e 18 de maio em grande parte do estado do
Rio Grande do Sul, com maiores valores previstos para as regiões da Fronteira Oeste, Missões e
Metropolitana.

TENDÊNCIA (19 A 21 DE MAIO)
No domingo (19/05), assim como no dia anterior, ainda poderá ocorrer chuvas em pontos
isolados em algumas áreas, especialmente na porção sul do estado. Na segunda-feira (20/05) e terçafeira (21/05), o avanço de uma frente fria poderá alterar significativamente as condições do tempo. Há
previsão de chuva em grande parte do território gaúcho, com possibilidade de chuva moderada a forte
no dia 20/05, principalmente nas regiões das Missões, Central, Campanha e Sul. Para o dia 21/05, os
volumes de chuva tendem a ser um pouco menos expressivos do que no dia 20/05, concentrando-se
principalmente nas regiões Norte, Serra e Campos de Cima da Serra. Na terça-feira (20/05) e quartafeira (21/05), poderá ocorrer uma queda acentuada nas temperaturas, com menores valores previstos
para as regiões da Serra, Campos de Cima da Serra, Fronteira Oeste, Campanha e Sul.


O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas mais significativas para
os dias 20/05 e 21/05. Os acumulados podem ultrapassar os 50 mm em pontos isolados das regiões
da Fronteira Oeste, Missões e Campanha. Nas demais localidades, os volumes devem variar entre 5 mm
e 50 mm ao longo do período, com valores menos expressivos para a porção norte do estado.

fonte: https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202505/16154341-boletim-integrado-agrometeorologico-20-2025.pdf

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